Número de imóveis transaccionados também aumentou entre Abril e Junho face ao primeiro trimestre (20,8%).
O Índice de Preços da Habitação (IPHab) cresceu 6,6% no segundo trimestre em termos homólogos, ficando 1,4 pontos percentuais acima do observado nos primeiros três meses do corrente ano, revelou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Em comparação com o trimestre anterior o IPHab aumentou 2,2% (1,6% no primeiro trimestre de 2021).
Na componente dos preços, a maior aceleração homóloga verificou-se nas habitações novas, de 6,9%, face às existentes, que foi de 6,5%.
O número de transacções totalizou 52.855 habitações, o que representa um crescimento de 58,3% face a idêntico período do ano anterior, uma variação fortemente explicada pelos efeitos da pandemia em 2020. “Este aumento expressivo deve-se em parte a um efeito de base, dado que a comparação homóloga incide nos meses de Abril a Junho de 2020, período caracterizado por restrições significativas sobre a actividade económica em consequência das medidas de contenção da pandemia de covid-19 que implicaram o número (e valor) mais baixo de transacções desde o terceiro trimestre de 2016”, destaca o INE.
Entre o primeiro e o segundo trimestre de 2021, verificou-se um aumento de 20,8% (-12,0% no trimestre anterior) nas transacções, crescimento que foi extensível a ambas as categorias de habitações, nomeadamente de 22% nas existentes e de 14,1% nas novas.
Forte crescimento também se observou no valor das habitações transaccionadas, que se aproximou de 8,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 66,5% em termos homólogos, destacando-se o peso das habitações existentes, que ascenderam a sete mil milhões de euros, face a 1,6 mil milhões de euros nas novas.
Na comparação com o trimestre anterior, o valor das transacções cresceu 23,7% no segundo trimestre (-8,1% no primeiro trimestre de 2021), com o valor dos alojamentos novos a exceder aquele que foi registado nos alojamentos existentes, 24,1% e 23,6%, pela mesma ordem.